Gestão de consultório

Quanto custa abrir um consultório médico em 2026? Guia por especialidade

A pergunta “quanto custa abrir um consultório?” parece simples, mas a resposta depende da especialidade, da cidade, do modelo de espaço (próprio ou coworking) e da experiência que você quer oferecer ao paciente. Este guia traz faixas de investimento para 2026, exemplos de custos iniciais, estimativas mensais e uma visão por especialidade para ajudar no seu planejamento.

Valores em reais (R$), com base em faixas médias de mercado em 2025/2026. Os números são estimativas e podem variar bastante por região, padrão do imóvel, negociação com fornecedores e câmbio em equipamentos importados.

1. Visão geral: principais tipos de custo

Ao planejar um consultório, vale separar os custos em três blocos:

• Investimento inicial: tudo que você paga para tirar o consultório do papel (obra, mobiliário, equipamentos, taxas iniciais).
• Custos fixos mensais: despesas que se repetem todo mês (aluguel ou coworking, condomínio, equipe, sistemas, contabilidade, internet, energia).
• Custos variáveis: variam conforme o volume de atendimentos (materiais de consumo, exames na clínica, taxas de cartão, publicidade, comissões).

2. Consultório próprio x coworking: quanto muda no bolso?

O modelo de espaço é um dos pontos que mais impacta o custo. Em 2026, duas opções continuam dominando:

Consultório próprio tradicional

Você assume aluguel, condomínio, contas e infraestrutura. Costuma exigir:

• Caução ou seguro-fiança + aluguel mensal.
• Reforma e adequação às normas da Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.
• Mobiliário completo de recepção, consultório e, se houver, sala de exames.

Coworking médico e consultório por hora

Neste modelo, você paga por hora, turno ou plano mensal em consultórios já prontos, com recepção e estrutura inclusas. É uma forma de começar com menos investimento inicial e menor risco, testando demanda antes de fixar um endereço próprio.

Essas faixas variam muito por cidade. Capitais como São Paulo e Rio têm aluguel e serviços mais caros, porém maior potencial de demanda e ticket médio.

3. Faixas de investimento inicial por porte de consultório

Uma forma prática de organizar o planejamento é por “porte” de consultório:

Esses valores incluem: obra, mobiliário, equipamentos básicos, parte de tecnologia e capital de giro inicial para alguns meses.

4. Custos por especialidade: clínica, cardio, dermato e mais

A especialidade impacta principalmente o custo de equipamentos e insumos. Abaixo, uma visão geral de faixas de investimento inicial para consultórios próprios (sem considerar o modelo de coworking, que tende a reduzir custo de estrutura física).

4.1 Clínica médica, endocrinologia, reumatologia, psiquiatria

Consultórios de “baixa tecnologia” em exames no local, focados em avaliação clínica, anamnese e seguimento.

4.2 Cardiologia, pneumologia inclua mais incluamaiscom exames simples

Especialidades que podem incorporar exames básicos no local (ECG, MAPA, Holter, espirometria) têm investimento um pouco maior.

4.3 Dermatologia e áreas estéticas

Dermatologia clínica pode começar com estrutura semelhante à clínica geral. Quando se adicionam lasers, equipamentos de energia e sala de pequenos procedimentos estéticos, o valor sobe.

4.4 Ginecologia/obstetrícia com exames no local

Se o consultório oferece apenas atendimento clínico e preventivos, o investimento é mais próximo de clínica geral. Ao incluir ultrassom, o custo sobe de forma significativa.

4.5 Oftalmologia, otorrino e outras especialidades com equipamentos específicos

Oftalmo, por exemplo, exige equipamentos de maior valor unitário (como lâmpada de fenda, tonômetros, auto-refratores e, em alguns casos, lasers), o que aumenta a barreira de entrada. Nessas especialidades, muitos profissionais começam em estruturas compartilhadas ou serviços já montados antes de terem um espaço próprio completo.

Por isso, além de olhar para os números absolutos, é importante avaliar se faz sentido ter todos os equipamentos no consultório desde o início ou se é possível crescer em etapas.

5. Custos mensais médios e ponto de equilíbrio

Depois do investimento inicial, o que sustenta o consultório é a organização dos custos mensais e o número de consultas necessárias para cobrir despesas e gerar lucro.

Esses números servem como referência. O ideal é montar sua própria planilha, com seus valores de aluguel, equipe, sistemas, impostos, ticket médio e objetivo de retirada mensal.

6. Dicas para otimizar o investimento em 2026

• Comece “leve” e escale: você não precisa ter todos os equipamentos desde o dia 1. Em muitos casos, dá para iniciar só com o consultório e encaminhar exames.
• Considere coworkings médicos no início: reduzem capital investido em reforma e mobiliário, liberando caixa para marketing e estrutura de atendimento.
• Avalie equipamentos seminovos de procedência confiável: ajudam a reduzir investimento em áreas como cardio, gineco e dermato estética.
• Negocie bem contratos de aluguel e serviços: prazos, reajustes e carências podem mudar completamente o fluxo de caixa do primeiro ano.
• Invista em tecnologia que economiza tempo: um bom prontuário eletrônico + agenda online reduz necessidade de retrabalho e aumenta a capacidade de atender.

7. Checklist financeiro para abrir consultório